Combustível - Aumentar para o começo de 2012...
A projeção é de que o preço dos combustíveis continue estável nos próximos dias, apesar de que o valor do dólar possa provocar um aumento para o início de 2012. Em contrapartida, neste mês, iniciou um movimento da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) para que seja ampliada a quantidade de álcool anidro na gasolina para 25%. Há dois meses, o governo diminuiu a porcentagem para 20%, para conter o preço.
Para Ciro Branco, advogado do Sindicato de Revendedores Varejistas de Combustíveis da Grande Florianópolis (Sindicomb), é pouco provável que o governo aceite a ideia de aumentar o percentual. Até porque a safra de cana-de-açúcar foi menor este ano. Até o último mês, a moagem da cana-de-açúcar atingiu 488,46 milhões de toneladas no centro-sul do país, uma queda de 10,23% em relação ao volume processado no mesmo período do último ano. A produtividade da cana no período agrícola 2011/2012 foi a menor em 24 safras.
Mas, de acordo com a Única, há hoje em estoque dois bilhões de litros de etanol nas usinas. Para eles, isto significaria uma compra menor de gasolina do exterior. Contudo, há riscos de que ocorram os mesmo problemas destes últimos dois anos. Hoje, é inviável abastecer com etanol.
Para o próximo ano, há riscos de que, se a moeda brasileira continuar em processo de desvalorização e o dólar em alta (e consequentemente do petróleo), a gasolina poderá sofrer um aumento.
Enquanto ainda não se sabe o que acontecerá no mercado dos combustíveis, muitos preferem não apostar no etanol. O estoquista Willian De Bem, 27 anos, prefere continuar com a gasolina e GNV. “O etanol não é muito confiável”, analisa.
Menos gasolina é consumida
O consumo de combustíveis no país deve crescer 5% este ano em relação a 2010, mais que a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, estimado em 3,5%. Ainda assim, o desempenho foi pior que o do ano passado, quando, por exemplo, a alta foi de aproximadamente 10%, ante crescimento de 7,5% da economia brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este ano, porém, além do crescimento menor do PIB, também influenciou no resultado o menor volume de combustíveis oferecido nas bombas, por causa da queda da safra da cana-de-açúcar e, consequentemente, da oferta de etanol. Com isso, caiu a oferta de álcool hidratado, que sai da bomba para o tanque do carro, enquanto a produção do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, aumentou.
Na próxima segunda-feira, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) deve divulgar quanto o brasileiro queimou, em volume, de álcool e gasolina este ano.
15/12/2011 - 08:13h
Fonte: Jornal Notisul
Fonte: Jornal Notisul